Escala maior e menor — o que são e para que servem?

A escala maior natural e a escala menor natural, como toda escala, são sequências ordenadas de notas, que geram campos harmônicos e melodias.

Conhecer e dominar as escalas naturais é muito importante para compreender melhor o seu instrumento e, com isso, ter maior autonomia para tocar, compor e improvisar. Aprender sobre a teoria musical é uma maneira de adquirir mais ferramentas para se expressar por meio da música e melhorar a desenvoltura.

Nesse sentido, as escalas em questão respeitam uma estrutura para encontrar todas as notas e aplicá-las nos instrumentos. Elas recebem o nome de “naturais” por serem as mais básicas e primitivas na música, portanto, também as mais essenciais.

Quer entender melhor sobre as escalas naturais e como aplicá-las? Continue a leitura e confira.

O que é tom e semitom?

O primeiro ponto para a compreensão das escalas é entender o que é um tom e o que é um semitom. Se você já sabe do que se trata, pode pular para o próximo tópico. Entre as notas naturais que conhecemos desde a infância (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si), existem os acidentes musicais, que são os sustenidos (#) e bemóis (b).

Simplificadamente, usamos sustenidos quando observamos uma escala no sentido ascendente e os bemóis quando a referência é descendente. A menor distância entre as notas é o semitom, ou seja, meio tom. Dois semitons formam um tom. Não se assuste, isso vai ficar mais claro ao ver a escala cromática. Ela é a referência porque tem a distância de um semitom entre todas as notas, assim, compreende todas as 12 notas possíveis na música ocidental. Fica da seguinte maneira:

Perceba que entre a maioria das notas naturais existe um acidente, que recebe a sua notação correspondente. Nesse sentido, o dó sustenido (C#) ou o ré bemol (Db) são exatamente a mesma nota, o que muda é apenas a maneira de se referir a ela. É interessante compreender as duas notações para conseguir fazer a leitura musical sem dificuldade.

Note também que entre o mi e o fá não existe um sustenido ou bemol. O mesmo acontece com o si, afinal, a escala recomeça em dó. Essa sequência sempre se repete, portanto, precisa ser memorizada. Nesse sentido, entre o dó e o dó sustenido existe um semitom. Entre o dó e o ré existem dois semitons, ou, um tom.

O que são escala maior e escala menor?

Essas escalas também são conhecidas como diatônicas, ou seja, ela se movimenta a partir a tônica. Portanto, toda vez que você se deparar com o termo diatônico, saiba que é referente às escalas naturais. Dessa maneira, seguimos o padrão para encontrar as notas da escala maior: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom. Já a escala menor respeita o padrão: tom, semitom, tom, tom, semitom, tom, tom.

Agora que você já conhece todas as 12 notas da música ocidental em sequência, basta aplicar o padrão das escalas naturais para encontrar as notas. A diferença entre as duas escalas está no terceiro, sexto e sétimo graus. Fica assim:

Escala maior natural

Escala menor natural

Destaquei aqui apenas as escalas maiores das notas naturais, mas elas também englobam os acidentes. Você pode aplicar essa regra para encontrar as escalas dos sustenidos e bemóis como um exercício.

Quais são os desenhos da escala maior?

Agora que você já sabe quais são as notas das escalas naturais, pode encontrá-las no seu instrumento. Em um violão, por exemplo, elas se repetem várias vezes ao longo do seu braço. Assim, existem desenhos que facilitam a digitação, já que permitem encontrar as notas mais próximas. Da mesma maneira, eles se repetem em todas as tonalidades, o que facilita bastante o seu trabalho na hora de tocar.

Como vimos, essas escalas se baseiam na tônica, portanto, é fundamental que você consiga identificá-la, para verificar qual desenho poderá ser usado. No exemplo anterior, havia um shape para as escalas naturais de dó, começando na quinta corda. Portanto, se você quiser fazer a mesma digitação para outra nota, basta identificá-la na quinta corda e repetir o desenho seguindo a mesma lógica. Veja a seguir 7 exemplos de shapes para a escala maior com a tônica destacada:

Assim, é interessante que você exercite a escala maior natural em seu instrumento, pois ela é muito importante para compreender outros aspectos musicais, além de trazer mais autonomia na hora de tocar. Exercite os shapes nos vários tons, até que isso se torne mais fluido.

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