Quais são as partes da bateria?

Para você que deseja aprender a tocar bateria, conhecer quais são as partes que compõe esse instrumento é um dos primeiros passos. Da mesma forma, se você não toca mas quer se comunicar melhor com o seu baterista também é uma boa.

Saber quais são as partes da bateria faz com que o instrumento deixe de ser confuso a primeira vista. Por apresentar várias estantes, tambores e pratos, mesmo as baterias mais simples para quem está começando ou não conhece o instrumento pode te deixar perdido.

A princípio, a bateria nada mais é do que vários instrumentos percussivos que se uniram com o passar do tempo. Sendo assim, a função que era de três músicos percussionistas separados passou a ser de um apenas, isso no início do século 20.

Aqui você poderá compreender melhor a organização desses instrumentos percussivos, que hoje em dia conhecemos como bateria! Continue a leitura para conferir.


Quais são as partes da bateria?

Como dito anteriormente, as partes que compõe uma bateria nada mais são junções de instrumentos pré-existentes. Você verá as partes mais básicas e comuns que a maioria das baterias apresentam. Caso fique algo de fora, isso significa que não é uma parte essencial e que vai mais da personalidade do baterista e o tipo de som que ele toca.

Tambores

  • Caixa: também conhecida como tarol ou caixa clara, surgiu no século XV como principal instrumento na execução de marchas militares e mais tarde em orquestras. É um tambor cilíndrico raso de 14 polegadas de diâmetro por 6 de altura e a sua característica que mais difere dos demais tambores é uma esteira de metal acoplada na sua pele inferior. Na bateria, se localiza logo a frente do músico entre suas pernas suspenso por um suporte tripé.

  • Bumbo: é o maior tambor em uso na bateria e é tocado com os pés a partir de um pedal. Também tem sua origem como instrumento utilizado em marchas militares marcando o tempo forte. Suas dimensões podem variar bastante de acordo com o estilo musical ou praticidade devido seu tamanho, mas as mais comuns são de 20 polegadas de diâmetro por 18 de comprimento.

  • Tom: ou também tom-tom, é ou são tambores de menores proporções que a caixa e bumbo, que são dão brilho nas levadas de bateria. Comumente se localizam acima do bumbo em suportes acoplados neste, mas podem estar espalhados por toda bateria em suportes gerais, de acordo com o gosto do músico. Suas dimensões variam bastante, podendo os menores ser de 6 polegadas de diâmetro e os maiores 18 polegadas (podem ser considerados surdos dependendo da sua profundidade).

 

  • Surdo: segundo maior tambor depois do bumbo, devido ao seu tamanho o surdo se encontra na lateral da bateria, erguido por suportes no chão. Sua sonoridade é mais grave que a do tom mas não tanto quanto a do bumbo. É muito utilizado em escolas de samba e em torcidas organizadas no Brasil, mas a sua utilização na bateria foi popularizada por bateristas de jazz.




Pratos

  • Chimbal: não só um prato mas sim um par, e também tem sua origem no uso de marchas militares. Suas dimensões comuns são 14 ou 16 polegadas de diâmetro, sendo os dois pratos com a mesma medida. Na bateria possui um pedestal de suporte específico que permite o controle da sua abertura pelo pé. É utilizado tanto pelo toque com a baqueta quanto pelo seu fechar e abrir a partir do pedal. Sua principal função é marcar a divisão de tempo que está sendo usado na música, como uma espécie de metrônomo, mas seu uso não deve se restringir a isso.
  • Condução: na maioria das vezes é o maior dos pratos encontrado na bateria, tendo dimensões de 18 polegadas ou mais. Tem sua utilização semelhante a do chimbal na marcação do tempo quando tocado com a ponta da baqueta mas também pode ser utilizado para ataques se tocado com o corpo da baqueta. A sua cúpula também é muito utilizada para notas mais acentuadas. A sua popularização se deu principalmente ao jazz, sendo a peça que mais guia esse ritmo musical na bateria. É mais comum ser encontrado suspenso por um pedestal tripé próximo ao surdo.
  • Ataque: a sua principal distinção dos demais pratos é ser o mais barulhento. Suas dimensões variam bastante podendo ser de 14 a 18 polegadas e costuma ser mais fino que os demais pratos. É comum ter mais de um deste prato em diferentes tamanhos espalhados numa bateria. Como o próprio nome já diz, sua principal função é de atacar as notas que precisam de mais destaque. Nas levadas mais comuns de bateria é muito utilizado no tempo 1 do compasso junto com o bumbo.

 

Conclusão

Essas são as partes da bateria mais essenciais que qualquer modelo simples costuma apresentar. É claro que, de acordo com o gosto do músico, mais de uma dessas peças pode ser utilizada ou peças semelhantes de diferentes tamanhos. Dentro da categoria dos pratos, por exemplo, também exitem diversas sub-categorias em que o formato varia, criando outros tipos de som. Muitos bateristas também optam por utilizar algumas peças de percussão como cowbell ou pandeiro meia-lua na sua bateria, sendo assim a bateria um dos instrumentos mais livres em sua composição.

Tem alguma peça que você considera que não pode faltar na sua bateria? Compartilhe com gente nos comentários!


Giovane Dâmaso

Na desde os 5 anos, começando pela flauta e terminando em bateria. Atualmente, estudante de licenciatura em Música (com foco em percussão) pela UFSJ. Participante de várias bandas e projetos musicais da região. O gosto pelo vinho surgiu junto com os primeiros shows, em que a bebida na dose certa servia e ainda serve de inspiração.

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